sexta-feira, 11 de julho de 2014

Apartment Hunting - Parte 2

Defnitivamente, procurar apartamento é muito chato! Chato, cansativo, desgastante, frustrante...

A correria continua, tentando olhar uns quatro ou cinco apartamentos por dia, em busca de um cantinho que seja a minha cara e que tenha um bom custo-benefício.

A primeira frustração foi forte. Achei o apartamento perfeito: todo reformado, moderno, dividido, grande, barato! Quando a esmola é demais, o santo desconfia, mas juro que meu coração não quis acreditar que era armadilha. Meu pai implicou com o negócio e disse que não era um bom lugar, que tinha muita prostituta por ali. Eu tentei convencê-lo do contrário:

- Pai, a portaria é entre duas lojas de colchão e na frente do Pão de Açúcar, acho que é bem tranquilo. Mas vou passar lá hoje à noite quando sair do trabalho, só para desencargo de consciência.

A consciência pesou. Acho que tinha umas 15 pessoas debaixo do prédio quando passei lá perto por volta de 22h. Prostitutas e sujeitos muito suspeitos, provavelmente traficantes, usuários de droga ou clientes. Me imaginei chegando ali às 22h, passando sozinha no meio daquele povo, sendo confundida com prostituta e sofrendo discriminação por não ser e estar "invadindo a área" delas. Realmente, o sonho acabou. Havia uma razão para que aquele apartamento fosse tão maravilhoso: ninguém queria ser vizinho do perigo.

De volta à realidade, fui atrás da minha grande vontade de morar na Asa Sul e visitei duas kitnetes por lá. Meu Deus, que pavor! Vocês não imaginam quanto buraco tem nessa cidade e o proprietário na maior cara de pau pedindo mil reais para alugar. Eu não pagaria nem R$200 pra morar naqueles pardieiros. Tudo sujo, cheio de barata, os armários caindo aos pedaços, a portaria entre duas oficinas, um lugar super suspeito (com vizinhos estranhos!)... Acho que não ficamos nem 10 segundos em um dos apês, saímos correndo para não pegar uma leptospirose.

Ontem olhei mais quatro. Um deles achei super legal, localização razoável - não ideal -, mas... (sempre tem um "mas") o proprietário, aquele ser de luz, dotado de inteligência, resolveu dividir a kitnet. Até aí, ótima idéia. Acontece que ele esqueceu de um pequeno detalhe: a entrada pra máquina de lavar fica na parede que dá para o banheiro, e ele dividiu a kit de modo que agora a sua máquina de lavar tem que ficar DENTRO DO QUARTO (porque o banheiro fica dentro do quarto). Assim, nada contra... quer dizer, mentira. Tudo contra. Achei muito estranho. Tipo, MUITO ESTRANHO.

O que tem me chocado mais, na real, são os preços de condomínio. Encontrei um apartamento na 411 sul (400!!! Quem é de Brasília, vai entender!) com o aluguel de R$900 e o condomínio de R$560 (QUINHENTOS E SESSENTA REAIS). Sério?! O prédio da minha madrinha em Águas Claras tem elevador, churrasqueira, academia, playground, porteiro 24h, câmeras de segurança, e o condomínio é R$400 (com a água inclusa). Esse prédio na 411 tem elevador e só. Daí eles acham que justifica esse preço. Se eu subir só de escada, posso pagar metade?! Enfim, o pessoal VIAJA!

Eu fico muito preocupada com essa questão da segurança também. Minha mãe vai deixar o carro comigo até o fim do ano, mas depois disso vou depender de ônibus e gostaria de estar o mais próximo possível da parada de ônibus. Que eu não tenha que andar muito sozinha, no escuro, quando chegar tarde em casa. Infelizmente, Brasília não é mais a mesma e está extremamente violenta. Toda atenção é pouca. Então, se eu pudesse aliviar o estresse por medo de ser agredida/assaltada/sequestrada, seria muito bom, né? Por isso, estou hesitante em pegar uma que minha mãe adorou ontem. Eu também gostei, sabe? Ela é grande, bem conservada, uma cozinha decente, mas é mais pra perto das quadras 900, lá em cima, meio longe da parada. Fico com medo. Sem contar que o preço está caro, na minha opinião.

arranjei outro emprego para conseguir pagar as contas, mas ainda assim estou muito insegura quanto à minha situação financeira. Tenho muito medo de não ter dinheiro suficiente para bancar tudo. Meus amigos vivem sugerindo que minha mãe ajude nas minhas despesas, mas vou ser um pouco orgulhosa nessa questão. Tenho uma posição muito firme sobre isso: se é para brincar de ser adulta, então vamos ser por completo. Lidar com faxina, com aluguel, com fazer compras, com falta de grana... O pacote completo.

Bom, a caça continua! Torçam por mim, quero ver se até amanhã me apaixono por algum apartamento e começo a mexer os pauzinhos para a mudança!

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